E então eu dizia: saudade.
Com toda a minha força peito adentro
Garganta afora, conduzo a flora.
Indizível, sensível, cheia de dores de sabores passados
E delírios visíveis.
Enchia muitos corpos de beijos e suspiros repletos de meias-verdades na luas que nunca se aqueciam.
Saudade das páginas cinzas, dos cinzeiros sempre limpos, dos sorrisos.
Meu bem, volte. A rua incedeia lá fora, você nem imagina.
Não, graça, a gente incedeia é por dentro. Pelas ruas nós flutuamos.
Mas volte, diga que me ama baixinho.
Não amo.
Repare então a sua volta, você consegue sentir?
Só o som das minha própria respiração paralisada. E todo esse processo garganta-adentro-garganta-afora do peito de engolir o impulso irrefreável de ser o que é mais conveniente.
Precisão.