12 de mar. de 2013

âncora

Na cidade tem um porto
Cujos benefícios desconheço
Culpa do espírito torto
é pelo chão o meu apreço

Talvez seja à cause do pai
que por reticência e outras manias
ao visitar a praia, com essa sempre saia:
menina gosta do mar. mas respeita sua grandeza.
senão acaba sozinha:
a boca cheia de areia

Vejo as águas indo e vindo
a espuma na clareira
Beijo branco-borbulhante
nas ondas azuis-sereia

passarinhos todos voando
com a boca e alma seca
no porto permaneço olhando
quais são as margens que me incendeiam.