28 de mar. de 2011

a.m.o.r



Eu não me lembro se havia sol da ultima vez que nos vimos. Eu não me lembro da sua roupa.

Eu posso ver seu cigarro apagado no cinzeiro, eu posso sentir minhas mãos atravessadas no meu rosto. A solidão ao seu lado. O meu desespero.

Chorei no Metro Ana Rosa. Todo trem que passava, todo trem que saia.

Hoje fez sol. Meu brinco de princesa abriu, os lírios floriram, mais um brotinho nasceu na Espada de São Jorge. 
Hoje eu vesti a sua camiseta. Eu acendi um incenso.  Eu vim de metro.

E vi o Ana Rosa passar.
Uma estação que ficava, outra que vinha.
Eu me movia.