1. eu que me perdi pelas noites do seu querer
entregue na hora incerta
ao acaso das lembrancas, da memória do seu peito
e eu que estive sempre perto
tão certa das minhas partidas
ahh, por quantas saídas não parti de mim mesma.
abri meu peito
entregue maternalmente ao teu desejo
travestida de objeto teu: brinquedinho sorridente do absurdo
pelo espelho, sua mão projetada modela meus seios.
2. o vento plácido pela janela cobre a púbis desperta
a alma despida, a flor semi-aberta
imóvel, a abelha vermelha em meu antebraço
observo inerte, [quem sabe, afinal] ao grande segredo da vida
nada disso é real.
Um comentário:
Linão!
Saudades de vc! Dá sinal de vida quando puder.
bjs
Meggy
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