30 de out. de 2012

Nobuyoshi Araki


Troquei a foto do header. Todo mundo percebeu?
Chocante eu acho. To apaixonada pela imagem.

Acabo de descobrir o Nobuyoshi Araki. Ele é japonês, 72 anos e considera suas fotos seu diário íntimo, toda sua vida registrada em imagens.

Vida e morte são seus temas preferidos. Mantendo a liaison entre os dois, sexo. Acho que são os temas preferidos de todo mundo, certo? De maneiras mais ou menos sutis.

Meninas podem achar grosseiro, agressivo e machista. Eu também deveria achar, mas o bom de não ter padrões morais muito rígidos é achar não ofensivo esse tipo de imagem.




Nem é a que eu mais gosto, coloquei só pra chocar mesmo. Prefiro as flores.


Porém, gosto dessa.


Me lembra a descrição de um curso na Casa do Saber que falava sobre a relação humana com o capitalismo.

"A lógica do discurso capitalista é fálica e masculina (falocentrismo). O agente capitalista se endereça ao consumidor por meio da oferta de objetos que prometem a felicidade e a plenitude. Ao mesmo tempo, o objeto capitalista é, por definição, provisório e traz em si a insatisfação: é, portanto, um discurso dialético. A função da propaganda e do marketing seria fazer com que os produtos fossem aceitos socialmente enquanto objeto fálico, ou seja, enquanto objeto que vem para preencher uma falta original. No capitalismo, a lógica do Ter é a lógica do Ser. Refletindo sobre o capitalismo, Freud cogitou a possibilidade de ele ser não meramente um sistema inventado pelo homem, mas, mais do que isso, um reflexo do próprio modo de operar da psique humana." (Welson Barbato, em relatório do curso "O Gozo Feminino", aula de 8/11/2011)

Sei bem que capitalismo e fotografia japonesa são dois temas que não conversam muito, né? Mas pensando em Freud e sexo até dá pra segurar o gancho.

Ou não.

Pra fechar, citação do próprio Araki, em francês porque peguei no Le Monde:

"La photographie est l'obscénité par excellence, un acte d'amour furtif, une histoire, un roman à la première personne."




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