16 de jul. de 2009

sobre batatas

Eu desaprendi, eu acho.

Quer dizer, foi assim: acordei hoje de manhã me sentindo shit. Acho que fui dormir me sentido assim.

Não, não sei por que.

Talvez pelo job shit que tive que fazer, pela perda que me custará 120 mangos, pelo cheiro doce e empoeirado do meu carro, pelo meu cigarro que não quis terminar.

Fui pra casa pensando: como sou terrível, e ai, como faço tudo errado. Eu-mulher, eu-amiga, eu-na-minha-versão-corporativa, eu-aluna, eu-amante.

Sabe aqueles dias em que tudo que você precisa é um filme bobo que justifique algumas lagrimazinhas ? Bem, fui até lá comer a comida do terrível e, subindo o elevador pensava comigo mesma: para de ser mal-humor, hein? Ele tem aqueles olhinhos brilhantes e não precisa de eu-de-mal-humor em plena quarta a noite sem nenhuma razão.

Aí, né?Ele é fofo. Deixa eu contar, ele perguntou se eu estava de mal humor. E eu quase me morri, porque, além de mal humorada, amorzinho, estou apaixonada, e acho tão lindo, lindo de matar, você perguntando de mim.

Aí fiquei lá sentada rindo da barriga dele, e depois ele veio ficar falando no escuro no meu ouvido e então eu quase não lembrava mais do meu mal humor.

Mas acordei hoje cedo. E como uma nuvenzinha negra me perseguindo, achei tudo shit. job, ruas, carro, cigarro, web, amigos. cu.

E fiquei assim, passei o dia assim, remoendo todos esses fracassos inventados.

E aí, li um troço de uma amiga-de-uma-amiga, coisa boba, sobre auto-estima.E resolvi parar.

Parar de tanta complicação, tanto drama, boicote, sabotagem. É, simples assim. Sem elucubrações, nem palavras que eu não use no dia-a-dia. Nem coisas de pensar que não sejam,

Volto até a escrever. E paro de inventar. Ahh, claro, e escrever sem pontuar.

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