29 de jul. de 2009

Conversas de Alice

Hoje quando acordei tocava essa música. Ela é assim, música de um comercial. Mas eu gostava dela bem antes, e agora que ouço lembro dessa merda e pessoas correndo e felizes.

Ok, todo mundo me interrompe, bom, também não tinha nenhuma boa idéia sobre o que escrever. Toma fôlego, pensa mais um pouco...Não vale mais falar sobre, ó não sei mais. Queria falar sobre esse cheiro adocicado do meu carro, que tem me incomodado, sobre todas essas coisas que vão ter que acontecer agora e essa pequena frustração que tive que passar ontem.

Mas nem vou falar de nada disso. Porque foi mais assim:

Eu desci pra fumar ali na frente do prédio e essa chuva que tava quase patética. E o sujeito do meu lado, que vai embora de ônibus, dizia: ó, chuva-e-ônibus e tals,e eu tentando me concentrar porque tava mais era pensando: clichês e clichês, tipos, nem tomo mais banho de chuva...Na real ó, acho um saco isso de ter que achar chuva lindo ou apreciar o luar e todas essas coisas. Ahhhh, me deixa.

Digo de novo, nem me venha com essas...Não agora, que to sem saco,

Aí né, agora acho que vou fazer essa matéria na faculdade sobre negros e a condição dos negros na sociedade. E daí, né?

É, e daí...eu pensava enquanto ponderava se valia a pena ou não escrever sobre isso ou qualquer outra coisa.

Outro dia, li Caio Fernando Abreu e, ai, eu gosto dele. Você não gosta não? Uhmmmm...

Bem, a minha única tentativa de leitura ultimamente tem sido...putz, nem lembro. Vi uma revista de viagem, dessas pequenas, cheias de imagens e tals. Pois é, tinha essa matéria sobre o Jalapão, achei interessante, mas o Terrível fez cara de quem não se importava...assim, olhinhos virados de quem odeia-viagens-ecochatas. E eu ri, porque ele é fofo, aí se ele diz, Vai abraçar uma árvore, eu quase me morro.

E ontem ele tocou violão, e eu achei liiindo (mas vou falar bem baixinho), e tá, mas um monte de outras coisas, como granizo na janela e ele de olhos abertos (descobri hoje).

E o mais engraçado, é que por mais que eu tente decifrá-lo, não consigo. Não que eu quisesse, gosto desse mistério, você-não-sabe-nada, Aí eu fico chutando: sabe essa bala? Não comprei pra você, achei que não gostasse. E ele ri, e me olha: O quê? E eu rio por dentro e por todas as minhas veias (tem sim, juro) essas partículas e pedacinhos de coisas que não são sangue, nem líquido, nem ar.

Ele também não sabe disso.
Acho uma graça.

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