18 de ago. de 2009

Fotografia

Ela me olhou fixamente. Por um instante pensei que fosse chorar.
Ela queria falar, dizer,
Por um instante quase me identifiquei com ela, mas recuei com a mesma força que seus olhos me possuiam.

Fui ao banheiro. Podia sentir suas mãos. E ri sozinha olhando minha imagem torpe no espelho. Ajeitei os cabelos para trás e sorri ao me lembrar de você.

E suspirei contente em pensar que estava fechada naquele banheiro silencioso. Pelas janelas só o dia escuro e o barulho imperceptível do asfalto-molhado-do-peso-de-tantos-anos.

Agora, imagine você, dias cinzentos são tão lindos. Tão quase mórbidos.

...

Se giro na cama você me segura e, ainda dormindo, sinto sua respiração na minha boca.E suspiro ofegante de alívio.

Sabe, contei pra ela. Não sei se deveria...me sinto tão fora de mim, digo, uma angústia quente que me escorre pelas pernas.

Nesse mundinho particular, cada vez mais humano, menos articulado, idéias soltas e até um forçadinha grosseira de parecer menos obstinada.

Digo obrigada.

Um comentário:

*Livia* disse...

Ai que saudades estaav de vir aqui!!

Bjs