29 de jan. de 2009

Pet Shop

Ontem eu deveria escrever. Deitada na cama, queria ler, ver, assistir, escrever, engolir, falar, fumar, mas mantive-me deitada. Quase como se estive cansada.
Saudade de quando ainda valia a pena chorar ou simplesmente apagar a luz e ficar em silêncio. Alguém, por favor, avisa por aí que eu fiquei invisível.
Mas não, não era essa a sensação. Era algo pior, como se fosse um tesão incontrolável, orgasmos múltiplos, aqueles segundos que antecedem o clímax. Mas não tinha sexo, por que não era bom.

Sabe aquela vontade de vomitar?Não, também não era isso. Fugir muito menos.
hahahaha
passou longe.

Vontade de escrever algo super poético e profundo, contemporâneo, mas de que adianta se não sou capaz de criar uma peça de mkt dirigido?
Nunca desistiria, nunca levantaria assim, com uma desculpa qualquer e fugiria da página em branco. E depois, sentada com paredes, e páginas e telas e tanta a coisa a ser preenchida ao meu redor, não quis escrever. Não que não pudesse, posso. Só não quero mais falar sobre as coisas que eu sei, isto é:

Não quero, cansei. Porque tudo é tão relativo? A partir de agora só quero verdades absolutas na minha vida.
Você me ama? Amo. Então, acredito.
Você escreve bem? Sim, muito. Eu já sabia.
Você é autoritária? Claro que não. Unanimamente democrática. E toda unanimidade é burra. (Ponto) (Verdade) (Conceito?)

Tá, aí né. Hoje acordei. E me deu assim uma vontadezinha de chorar, cara foi da hora. Seria legal derramar umas lagrimazinhas assim, disfarçando com o óculos de sol, enxugando as gotinhas de sal silenciosas que iam estragar o rímel e o blush.
But, não chorei.
É, sai, fui pra rua, o telefone tocou e eu esqueci que tinha que chorar. E fiquei bem puta, porque ainda quero, mas não to com vontade.

Liga aí pra mim, diz uma bobagem qualquer pra me ofender, só pra me dar esse prazer? Mas liga tipo à tarde, umas 3, 4 horas. Porque aí, além de chorar, vou ter uma desculpa pra dar uma voltinha no quarteirão e fumar um cigarro.
Pô, faz esse favor, vai?

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