Tinha olhos negros de bolas coloridas ofegantes - em busca de um sentido.
Mãos espalmadas, de dedos gordos e sangue quente.
Lábios azuis, quase negros como os dentes.
Pernas rechonçudas de varizes.
Ai, se pudesse fugir.
Mas dopava-se, e aquilo era muito triste.
Mas escondia-se atrás das frágeis costelas de ossos finos.
Dizia coisas sem sentido, frases sem efeito.
Pensava por conectivos - Preguiça;
Enquanto escrevia, dilacerava os pulsos
Arregaçava os punhos
Abria com força os olhos pregados da noite de insônia.
Desejo de carne
Com uma saliva espessa e persistente.
O coração dizia: contraia-se.
Não era ela que estava apaixonada, era, antes de todos, seu corpo.
Amor. Orgasmos quentes.
Faltava paixão ao mundo.
Um comentário:
oi, passei pra conhecer o blog e desejar bom dia
bjss
aguardo sua visita :)
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