29 de out. de 2008

Paranóia delirante

Não queria escrever sobre você.
Mas ando sem inspiração e sabia que isso ia acontecer.
Você sabe, eu sei. São essas tristezas suaves que nos motivam. Será que alguém mais sabe disso?
Queria não ter afinidades com as pessoas. Relacionamentos. Rá, você diria.
Sussurraria algo incomprenssível ao pé-do-meu-ouvido. Coloco hífen onde eu bem entender, e não me venha com essa que meus textos estão mal escritos.
Conforme os anos vão passando, eu me repito cada vez mais. E tudo aquilo que você me diz não soa mais inédito, incrível ou me dá um tesão insustentável.
Só consigo encaixar você em mais uma categoria, neste caso a dos niilistas-mal-resolvidos-com-a-figura-paterna.
Some se a isto um incontrolável desejo de auto-destruição.
Eis você.
E eu aqui a me inspirar ouvindo Doors e fugindo alguns segundos só pra dizer coisas que nunca direi na sua cara e olhos malditos, que ficam bem abaixo de uma cicatriz recém descoberta por mim.
Ou pintas em forma de caranguejo e todas essas babaquices que a gente só enxerga à meia luz.
Não se iluda.
Eu podia ter sido legal.
Só que quero viver pacatamente até a porra dos 90 anos, só pra ver o fim do petróleo e da indústria automobilística.
Consigo ser mais vazia e sem conteúdo que você.

2 comentários:

Unknown disse...

Você? Vazia e sem conteúdo?
Nevah
Você é mágica, eu tenho certeza!

Anônimo disse...

Eu nunca sei oque escrever aqui,principalmente qdo descobri que voce nao entende o meu sarcasmo.Mas só pra constar que eu meio que leio quando nao tenho nada melhor pra fazer.kkkkkkk
bjomeliga