8 de set. de 2008

Fiz esse textinho inspirada em uma coluna do Clube da Criação onde redatores famosos e talentosos são convidados para escrever sobre o seus criados-mudos.
Não fui convidada, mas escrevi e publico aqui pq o blog é meu e divulgo o que quiser.

ps: Detesto quando tenho esses modos afetados.
ps2: segunda-feira chuvosa.
ps3:Ahh, tava quase esquecendo. Já tinha enviado esse texto para uma amiga, e disse que ela deveria escrever algo sobre o criado dela. Ela escreveu e acabou falando também algo sobre calcinhas limpas e dignidade. Achei bem foda a imagem de calcinhas limpas, banho, muitos silêncios e pouca luz dentro do meu quarto, alheia ao mundo.
Já descolei uma pauta pro próximo post. Por enquanto fica aí meu criado.


Sobre ele exerço toda minha tirania, ele é meu criado e, vejam que conveniente, mudo.
Ainda é bonitinho o safado.
Ele mantém se a postos todos os dias, carregando todos os meus caprichos. Sempre organizado, um servo muito competente.
Ora livros chatos, ora leituras interessantíssimas. Às vezes um incenso de arruda, às vezes um celular desligado. Um jardinzinho japonês pra ficar charmoso, ele sabe me agradar.
Alguns segredos na última gaveta, maquiagem velha na primeira, e muita bobagem perdida no fundo.
Pego nos seus puxadores com força, lasco sua madeira vagabunda. Sou sua senhora.
Velhinho, está coxo.
Mas não o troco. Sugarei-o até seus parafusos enferrujarem e sua estrutura tosca amarelar. Jogo fora sem olhar pra trás e compro um novo pequeno vassalo cheio de vigor e amor pra dar.
A vida poderia ser toda produzida em larga escala.

2 comentários:

Anônimo disse...

Buenas palavras parceira...

Se me permite, acho que vou escrever sobre o meu criado mudo.

beijo!

Larissa Saram disse...

Essa idéia do criado-mudo é muito foda!
Pena que ele não guardou minha chave, sábado a noite!rs
beijos