8 de set. de 2008

Poema sem título

Os começos podem ser em qualquer ponto da história.
Nunca fazem muita diferença.
Afinal, depois de começados, os fatos, inexoravelmente, consumados.
De que importa, diga-me você.
Pois eu tenho a resposta, inventei agora, acredite.

O mundo gira aleatoriamente, em universo infinito.
No sistema solar.
E as pessoas ainda são conceituais. Divagações, espasmos de idéias.

Qual a é a única razão que te faz abrir os braços?Quais nomes e pronomes,
declamados ao pé do seu ouvido, te fazem querer sentir?

Digo: Cala-te!Não fala, somente respire.
Enxergue através dos espelhos d’água, sutilezas do vento.

Sente-se perto de tudo que há de mais podre, asqueroso e ignóbil.
Beije suas entranhas, sinta seu hálito.
Pegue sua mão e beijei se quiser.
Só não se redima por compaixão.

Sempre me esqueço, não ser abstrato.

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