8 de set. de 2008

Plim Plim

A saudade girou a maçaneta do meu peito
E de tanto girar, beliscou minha pele, torceu meus nervos
E arrancou um pouco de tinta

Chegou pisando firme e batendo com força todas as portas atravessadas

Cruzou casas, jardins, cemitérios, camas e textos de todos os tipos
Passou por tudo segurando a respiração
Eu vi através da minha janela cheia de grades

Andou mas não correu.
Eu podia sentir seus passos firmes no chão.

Recolheu pelo caminho tudo que encontrava
Mastigava com seus dentes invisíveis e engolia.

Parou e me olhou nos olhos
Seus olhos em chamas e a carne sangrando
Lambeu meus lábios ardentemente (abertamente)

Ainda enxugo as gotas de suor que ficaram grudadas pelo meu corpo.

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